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porRedação

Professora Irene Maluf recebe prêmio da União Europeia

Nossa Coordenadora dos cursos e Professora Irene Maluf recebeu do Erasmus+, programa da União Europeia para os domínios da Educação, da Formação, da Juventude e do Desporto para o período de 2014 a 2020, pela 4ª vez consecutiva o Prêmio Boas Práticas Erasmus+. A premiação tem o objetivo de apoiar a execução da Agenda Política Europeia para a justiça social, a inclusão, o crescimento e o emprego, entregará este ano, pela quarta vez consecutiva.

Este prêmio, chancelado pelo projeto Erasmus+ através de sua representante na Europa, a associação OMNES PRO UNO e a representante no Brasil, Clínica Aprendizagem e Companhia-Saúde Integral, e que representa um reconhecimento aos melhores projetos Erasmus+ nas áreas das Neurociências e Aprendizagem, será entregue logo após a Sessão de Abertura do 4º Congresso Internacional Brain Connection, programada para as 08:00 horas da manhã de 8 de novembro, no Centro de Convenções do Othon Palace Hotel, em Belo Horizonte.

O Prêmio Boas Práticas Erasmus+ será entregue na presença da Secretária Geral de Estabelecimentos de Ensino de Portugal – Sra. Manoela Arraios de Faria, da Técnica de Estudos Científicos de Portugal – Sra. Ana Paula F. Monteiro, do Diretor Cientifico da Omnes Pro Uno e representante do projeto Erasmus+ na Europa, Presidente do Congresso Brain Connection Europa – Dr. Luís Miguel Neves e da Presidente do Congresso Brain Connection Brasil, Diretora do Centro de Investigação GTE3es-União Europeia e CEO da Clínica Aprendizagem e Companhia – Dra. Ângela Mathylde Soares.

porIrene Maluf

Psicopedagogia Institucional

Segundo a Associação Brasileira de Psicopedagogia, “A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referenciais teóricos”.¹

Dessa definição se entende que essencialmente o objeto de estudo e de trabalho do psicopedagogo é a aprendizagem e como esta ocorre desde o princípio da vida humana e em todos os lugares e ambientes, sejam
ou não educativos, imediatamente percebemos a complexidade do desafio enfrentado por esse especialista, notadamente quando se trata inclusive de lidar com as Dificuldades e os Transtornos de Aprendizagem.

À parte os referenciais teóricos que dão sustentação à pratica profissional, que todos aprendem durante o curso de especialização, todo psicopedagogo, tal como um médico cirurgião, precisa ao longo de muitos anos, se submeter a supervisões periódicas com profissionais experientes da própria área ou áreas afins. Isso, sem esquecer do quanto é importante estar ao lado de uma equipe multiprofissional, já que boa parte das avaliações transcendem o campo de saber de um profissional e um bom diagnóstico é imprescindível para a intervenção exitosa seja na clínica ou na instituição.

“A intervenção Psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento,
relacionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre os processos de aprendizagem e as suas dificuldades” e “na Educação e na Saúde, se dá em diferentes âmbitos da aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre o institucional e o clínico”. ²

Na escola deve haver uma orientação preventiva que não permita que o fracasso escolar ocorra, que impeça a exclusão, o sofrimento do que aprende com dificuldade ou nem aprende, pois precisa de um outro recurso, de outra forma de ensino, outras estratégias. E tal orientação, convenhamos, se faz hoje ainda mais necessária do que nunca, devido ao contexto educacional inclusivo, no qual crianças e jovens com necessidades educativas especiais ganharam direito à matrícula em todos os bancos escolares e boa parte dos professores não são especialistas em educação especial.

Cabe ao Psicopedagogo organizar essa ação, de modo a respeitar os limites e as características de cada aluno, ao mesmo tempo em que lhe proporciona, e aos professores, recursos para uma aprendizagem exitosa.
Mas esse especialista atua em nível institucional, não apenas em escolas (públicas e privadas), mas em empresas, hospitais, ONGs e ambientes afins.

O psicopedagogo pode atuar tanto na Saúde como na Educação, já que o seu saber visa compreender e intervir nas variadas dimensões da aprendizagem humana. Assim, trabalha com a saúde mental da infância e adolescência em hospitais e clínicas, já que grande parte das queixas que levam crianças ao serviço de Saúde Mental dizem respeito a dificuldades de aprendizado. Da mesma forma, pode trabalhar com crianças hospitalizadas e
seu processo de aprendizagem em parceria com a equipe multidisciplinar da instituição hospitalar, tais como: psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e médicos.

Sendo uma especialização que ainda pode ser considerada recente no Brasil (35 anos) tem crescido muito e hoje também se ocupa com as questões de Adaptação Social e Escolar que implicam novos aprendizados, como no caso de mudanças de escolas, de método de ensino, etc.

Em países europeus aonde há um número expressivo de imigrantes essa modalidade vem sendo muito desenvolvida. Em perícias judiciais, abre-se um novo campo de trabalho além da clínica, para o psicopedagogo: com questões que implicam em avaliações sobre as condições de aprendizado que a criança vivencia em sua família e na instituição que frequenta, etc.

Também é frequente lidar com assuntos referentes a orientação familiar, em relação a maneira como os pais ensinam os comportamentos aos filhos e estabelecem padrões de relações entre os membros da família, lidam com a aprendizagem, o valor que dão ao conhecimento, etc.

A atividade clínica, não contrária, mas complementar, tem características remediativas. A criança com dificuldades ou transtornos no aprender, cuja resposta pedagógica se torna inviável sem auxílio profissional, é levada a um consultório aonde após um período de avaliação, por vezes multidisciplinar, passa a ser atendida na sua problemática por um especialista em aprendizagem: um psicopedagogo. Sua autoestima e potencialidades passam a ser cuidadas no âmbito da individualidade.

1, 2 Código de ética do psicopedagogo 2011, Associação Brasileira de
Psicopedagogia

porIrene Maluf

Para educar é preciso ensinar limites e regras

Para educar é preciso ensinar limites e regras

Mudaram as crianças ou mudou a forma como os adultos educam as crianças? Essa é uma questão levantada por Maria Irene Maluf ex-presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia (2005 a 2007). Ela orienta os pais a conversarem diariamente com os seus filhos com o objetivo de analisar o que está sendo transmitido pela publicidade voltada para elas, se se trata de um conteúdo prejudicial ou não. E o passo seguinte, diz a especialista, é impor regras e limites, principalmente sobre o que elas exigem estimuladas pela publicidade. Em seu depoimento para a campanha Somos Todos Responsáveis, Irene Maluf diz que os filhos dessa geração são os mesmos de outras, o que mudou foi a forma de os pais imporem limites. Segundo ela, muitos pais chegam até ela dizendo que as crianças já vivem em uma sociedade muito cheia de regras, com horário para ir e voltar da escola, cursos extras, e por isso não merecem mais moderação. Ela desaconselha essa postura e alerta para que um “não” seja mantido até o final. Se voltar atrás, ela diz, a criança sempre vai saber que o seu “não” é momentâneo.

 

Fonte: http://www.somostodosresponsaveis.com.br

porRedação

Um psicopedagogo na escola?

Quando atuava como professora na rede municipal de Itabira, em Minas Gerais, Ketlim de Castro, 35 anos, presenciava uma situação recorrente. Os alunos com dificuldades mais graves para acompanhar as aulas acabavam deixados de lado no processo.

“Comecei a reunir três alunos por vez em uma sala, organizando-os por dificuldades comuns e atendendo quase 80 por semana. Foi muito bom. Geralmente, essas crianças têm autoestima muito baixa, acham que não sabem nada e que nunca vão aprender. Porém, quando viam colegas em situações parecidas, sentiam-se mais motivados”, conta Ketlim, que hoje atua como psicopedagoga na Escola Municipal Água Fresca.

Os impactos positivos da inserção escolar do psicopedagogo no desempenho dos alunos chamaram a atenção da Secretaria de Educação do município. Desde 2010, a rede de Itabira adotou um programa, ainda em formato piloto, batizado de Projeto Crescer.

“A ideia é que em 2014 cada escola tenha um profissional para atuar no atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem, na orientação dos pais, na construção do Plano de Desenvolvimento Individual para estudantes com distúrbios de aprendizagem ou síndromes e na formação de professores a partir da demanda de cada escola”, explica Ketlim, que coordena o projeto.

Além de Itabira, outros municípios preveem a presença do profissional nas equipes pedagógicas. Em São Paulo, destacam-se as redes de Barueri, Osasco, Santana de Parnaíba, Santos e, mais recentemente, a da própria capital. Em abril, o prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou lei que tornou obrigatória a assistência psicopedagógica aos alunos da rede municipal da capital paulista.

A justificativa oficial é detectar, prevenir e intervir em problemas de estudantes de Educação Infantil e Ensino Fundamental. A partir de 2014, cada Diretoria Regional de Educação também terá um psicopedagogo na equipe, atualmente composta de profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais.

Déficit de aprendizagem
O psicopedagogo deve favorecer a aprendizagem daqueles que apresentam déficits. Foto: PIXABAY

Segundo a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), mais de 150 mil profissionais atuam no setor em todo o Brasil, parte deles em 92 municípios de 20 estados brasileiros que já realizaram concursos para contratar psicopedagogos, entre eles as capitais São Luís (MA) e Teresina (PI).

Mas qual é, afinal, o papel desempenhado pelo psicopedagogo na escola? “Ele entra para ajudar a observar os processos de construção do conhecimento e favorecer a aprendizagem daqueles que precisam desenvolver competências e que, muitas vezes, não conseguem fazê-lo só com a ajuda dos professores”, explica Gilca Lucena Kortmann, vice-presidente da unidade do Rio Grande do Sul da Associação Brasileira de Psicopedagogia e coordenadora de Graduação e Pós-Graduação em Psicopedagogia do Centro Universitário La Salle (Unilasalle Canoas).

Para Quézia Bombonatto, presidente da ABPp, o profissional deve avaliar a escola com base na condução do processo de ensino-aprendizagem e nas demandas locais. “Depois dessa investigação, o psicopedagogo cria um plano de atuação abrangendo a relação entre professores, alunos e coordenação, sempre tendo em vista os obstáculos que podem estar levando certos estudantes ao fracasso escolar”, afirma.

Essas avaliações não devem ser confundidas com diagnósticos. É o que alerta Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia e Neuroaprendizagem.

“Quem dá diagnóstico é o médico. O que o profissional da Psicopedagogia faz são avaliações. Por exemplo, se perceber que um aluno tem problemas na escrita, ele vai lá e aponta essa dificuldade e os sintomas dela, mas nunca dirá que ele tem esse ou aquele distúrbio. O psicopedagogo faz uma intervenção, uma orientação dos profissionais da escola sobre como incluir determinado aluno.”

Matheus Soares, professor de Língua Portuguesa na Escola Estadual Senador José Ermírio de Moraes e pós-graduado em Psicopedagogia pelo Centro Sul-Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação (Censupeg), destaca a importância de a escola possuir parceiros especialistas de diferentes áreas que possam contribuir para a solução de problemas.

“O psicopedagogo é alguém com um olhar diferenciado para as defasagens, mas que visa principalmente formar e orientar os professores”, diz. Coautor do artigo “A contribuição do psicopedagogo no contexto escolar” em parceria com Clério Cezar Batista Sena, ele entende que “deve existir diálogo constante entre esses profissionais, para refletir e realizar interferências no processo de aprendizado dos alunos”.

Para isso, o profissional deve buscar também a parceria de outros especialistas que precisam estar direta ou indiretamente nas escolas, como psicólogos, neurologistas e fonoaudiólogos. “A ação do psicopedagogo também pode acontecer no âmbito da instituição familiar, quando orienta os pais em relação às atitudes promotoras da aprendizagem”, diz Marcia Siqueira de Andrade, doutora em Psicologia da Educação pela PUC-SP e coordenadora dos cursos de graduação e pós-graduação em Psicopedagogia do Centro Universitário Fieo.

Embora vários municípios realizem concursos públicos para a contratação de psicopedagogos, a profissão ainda não é oficialmente reconhecida, o que significa que não existe um Conselho próprio.

“É um perfil de profissional que está sendo construído continuamente diante das dificuldades contemporâneas da escola. Hoje, o maior desafio do psicopedagogo é justamente encontrar o seu espaço e fazer com que essas instituições o reconheçam”, aponta Soares.

Fonte: Site Carta Educação

*Publicado originalmente em Carta Fundamental

porRedação

Início do curso Especialização em Neuroaprendizagem, Psicomotricidade e Cognição

Dia 29 e 30 de setembro, o Núcleo de Formação Profissional em Psicopedagogia e Neuroaprendizagem Irene Maluf em parceria com o Instituto Saber e com a Unades/FTP iniciou a turma do curso de Especialização em Neuroaprendizagem, Psicomotricidade e Cognição. O primeiro dia contou com a presença do  Prof. Dr. Marco Del Aquilla e a Prof. Teresa Borghi.