Diferentemente dos outros animais, o filhote humano tão desprotegido
ao nascer de recursos para sobreviver por si só, revela durante seu
crescimento, interessantes aparatos neuropsicosociais que lhe permitem
dominar com inegável competência, variáveis de autocontrole nas áreas tanto cognitiva quanto afetiva, o que tem grande importância na prática educacional e especificamente no diagnóstico e intervenção psicopedagógica.
Entre muitos pesquisadores da atualidade, os médicos e os
neurocientistas produzem importantes trabalhos onde apontam os
componentes biológicos da aprendizagem e da expressão emocional e com
sucesso descrevem as funções e integrações entre várias estruturas cerebrais, como por exemplo a do sistema límbico (o também denominado “cérebro emocional”), com o córtex frontal, região nobre do cérebro humano envolvida na razão, planejamento, pensamento abstrato e outras funções cognitivas complexas, além da função motora.
As pesquisas mostram entre outras tantas informações, que se
interrompidas essas conexões entre o “cérebro emocional” e o córtex frontal, devido a situações de perigo que gerem medo, o pensamento e a ação do indivíduo são descontinuadas para priorizar o surgimento de uma reação corporal indispensável para a sobrevivência.
-E daí? -podem perguntar, que relação há entre a situação de um aluno
em sala de aula com esse rompimento entre as duas funções cerebrais,
causada pelo medo? Acontece que o medo é uma das seis emoções primárias ou universais (alegria,tristeza,medo,cólera,surpresa e aversão), que surge não apenas quando nos sentimos fisicamente ameaçados, mas quando nossa situação de conforto, bem estar, segurança afetiva e social podem estar em risco, como no caso de crianças com baixa auto estima, com dificuldades de aprendizagem, com conflitos afetivos, que sofrem violências físicas e emocionais de toda ordem, atravessam um período de luto, etc.
Nesses contextos, é de se esperar que as emoções tenham um papel
decisivo na educação formal, na capacidade de manter a atenção e de
aprender. Tanto o comportamento social quanto o desempenho escolar podem ser prejudicados pelos problemas afetivos, apesar de não haver uma perda nos aspectos cognitivos.
Os professores e os psicopedagogos, podem utilizar-se dos
conhecimentos da neurociência para deles extrair respaldo para estabelecer novas estratégias de conduta profissional, que facilitem alcançar o sucesso em seu trabalho e assim promover uma condição facilitadora da aprendizagem de todos os alunos.
Reconhecer que o cérebro humano é a sede da emoção e da razão, não
está mais em discussão entre os profissionais das diferentes áreas há várias
décadas e menos ainda hoje, quando o podemos constatar através de múltiplas pesquisas e com uso inclusive das neuro imagens. Mas a operacionalização, a aplicação desses conhecimentos na prática, sem dúvida ainda requer um longo trajeto de estudo e aprofundamento de todos nós que trabalhamos com a educação.
A falta de informação é um grande obstáculo para a avaliação e intervenção nos Transtornos de Neurodesenvolvimento, entre os quais, as Dificuldades e os Transtornos de Aprendizagem se destacam, como importantes causas de consulta aos serviços de Saúde Mental da Infância e da Adolescência.
Identificados erroneamente pelas suas famílias e até por profissionais, com crianças com falta de interesse ou mesmo “preguiça” em estudar, dificuldades marcantes de aprendizagem, passam frequentemente desapercebidas ou pouco valorizadas e, portanto, sem a devida avaliação e intervenção, trazendo como consequência prejuízos de diferentes ordens e gravidade, para toda a vida.
Artigo publicado na revista especializada Science indica que até 10% da população tem algum Transtorno de Aprendizagem – como dislexia, discalculia. Inclusive a pesquisa, feita por cientistas da universidade College London (Reino Unido), indica que as crianças com esses Transtornos, frequentemente são afetadas conjuntamente por outros Transtornos do Desenvolvimento, como TDA/H por exemplo.
Em grande parte dos casos, o diagnóstico demora. O profissional capaz de identificar uma criança de risco precocemente na sala de aula, pode ser decisivo para operacionalizar uma mudança significativa no seu processo de aprendizagem e qualidade de vida.
Por isso a grande importância da qualificação e atualização profissional. Existem vários estudos e pesquisas atuais no mundo todo ,que nos ajudam a compreender melhor o que acontece com uma criança que não consegue aprender.
O Núcleo de Formação Profissional em Psicopedagogia e Neuroaprendizagem Irene Maluf e a Faculdade Integrada Potencial (FIP), reconhecendo a importância do conhecimento das Neurociências, da sua aplicação à aprendizagem humana e de sua representação no processo cognitivo, organizaram o curso de “Neuroaprendizagem e Transtornos do Aprender”.
O objetivo do curso é de contribuir com a formação continuada de profissionais da educação, sejam psicopedagogos, professores de todos os níveis de ensino , da Pré escola à Universidade, para que atuem na identificação ,avaliação das Dificuldades e Transtornos do Aprender assim como na aplicação de programas de intervenção embasados nas neurociências em ação preventiva e /ou remediativa, na escola e na clínica psicopedagógica.Melhores condições de aprender, não significam apenas um rendimento escolar adequado, mas refletem diretamente nos aspectos pessoais, familiares, socio emocionais, de aquisição de autonomia cidadã, profissionalidade, Saúde Mental e qualidade de vida de todas as crianças e jovens.
Aulas presenciais,teóricas com grande ênfase na pratica, acontecerão em um final de semana ao mês, por 18 meses consecutivos em São Paulo
Horário:
sábado, das 9h as 18h e domingo das 9h as 13h.Obs.: há possibilidade de formação de turmas somente aos domingos, sendo 02 domingos ao mês, das 9h as 17h.
Certificado pelo MEC :
O Curso atende todas as exigências da resolução No. 01 de 08/06/2007 e da portaria do MEC No. 1044 de 31/03/2005 , publicada no DOU- Diario Oficial da União e m 01 /04 /2005, com validade em todo território nacional
CORPO DOCENTEProfessores convidados Mestres e Doutores com experiência teórica e prática na área do Neurodesenvolvimento e seus Transtornos ,da Psicomotricidade , da Cognição humana e aptos para a disciplina a ser ministrada: Dr Marco delAquilla; Dr Francisco Assumpção, Dra Vania Ramos, Dra Sonia Rodrigues, Ms Adriana Gabanini, MsTeresa Borghi, Ms Ivania Pantarotto,Ms Fernanda Maluf entre outros
DATAS DAS AULAS EM 2019:
28 e 29 de setembro; 26 e 27 de outubro; 23 e 24 de novembro e 07 e 08 de dezembro
DISCIPLINAS BÁSICAS:
Neurologia, Neuropsicologia aplicada a Aprendizagem, Neurodesenvolvimento, Psicopatologia, Desenvolvimento da Linguagem e do Pensamento, Neurodidatica, Neurocognição ,Aprofundamento em Transtornos de Aprendizagem, etc
COORDENADORA DO CURSO POLO SÃO PAULO (Estado de São Paulo)Profª Irene Maluf- Especialista em Psicopedagogia
INVESTIMENTO:
• Matriculas:
Até 10 de julho : 350,00
Depois de 10 de julho: 500,00
• Mensalidades: 500,00
INFORMAÇÕES:
irenemaluf2014@uol.com.br ou irenemalufcursos@gmail.com
Whatsapp: 11 – 99413-9046
É com satisfação que apresentamos nossa parceria para cursos de Mestrado e Doutorado , com a FACULDADE INTERAMERICANA DE CIÊNCIAS SOCIAIS (FICS) do Paraguai, concretizado através do intermédio da UNISUL(BR) que prestará a assessoria para o Registro documental do título de Mestre junto aos órgãos de Educação do Paraguai e do Brasil.
O reconhecimento do título de mestre junto a Universidade Brasileira é garantida nas Resoluções do CNE/CES Nº 462/2017 Resolução Nº 3 de 22 de junho de 2016 -CNE e por orientação da UNISUL.
São cursos de Mestrado e Doutorado ofertados no exterior para interessados no Brasil, de alta qualidade acadêmica, com reconhecimento legal no Paraguai e validação no Brasil, pensados especialmente para pessoas que não podem se afastar por longos períodos de seus afazeres profissionais, mas não abrem mão da qualidade acadêmica e da oportunidade de crescer profissionalmente.
Vantagens:
Acesse:📲 http://bit.ly/mestradoirene
Informações:
✉mestrado.irenemaluf@gmail.com
☎11 99413-9046 Whatsaap
Seja por excesso de zelo, seja por desejo de adiar o momento de separação da criança, questões financeiras, ou por desconhecerem os valiosos subsídios que a pré escola pode trazer ao desenvolvimento físico, mental, social e
emocional infantil, a verdade é que ainda hoje há quem julgue que não há vantagem matricular o filho. Alguns acreditam que deixando o filho em casa nessa faixa etária, o estão protegendo de agressões e cuidando melhor de sua saúde física. Grande engano! A pré-escola não é mais um local para as crianças ficarem entretidas, brincando, mas é onde elas adquirem habilidades e conhecimentos fundamentais para toda a aprendizagem posterior e, de modo agradável, brincando e se socializando.
A pré-escola não é uma “invenção” dos dias atuais : os chamados “Jardins de Infância” começaram a funcionar no Brasil a partir do final do século XIX, com finalidade essencialmente pedagógica. A partir de 1920 as chamadas
salas pré-primárias passaram a funcionar junto às escolas primárias e gradualmente foram crescendo, se desenvolvendo até chegarem a ser como hoje as conhecemos.Cada vez mais, os professores que se dedicam ao ensino pré escolar, são profissionais graduados e especialistas na maioria das vezes em educação infantil.
Ao falarmos de pré-escola, devemos lembrar daquilo que seu próprio nome aponta: “a porta de entrada da escola”. Ou seja, é por ela que todas as crianças devem passar antes de freqüentarem o primeiro ano, onde vão ser
alfabetizadas. Nela, as crianças vão iniciar sua entrada no mundo social, vão fazer amigos entre seus iguais, que terão de aprender a respeitar em suas diferenças pessoais..Com isso sua individualidade vai ser formada, e o sentimento de separação da mãe vai ser superado: ela vai amadurecer e se tornar mais forte, capaz de lidar com o novo de modo construtivo para seu crescimento. Lidará com adultos aos quais deverá obedecer, reconhecer autoridade e trará para sua casa todas as novidades que aprendeu no dia a dia ,com o orgulho de um conquistador.
A pré-escola marca a entrada da criança nos primeiros rituais: a passagem do tempo, do bimestre, do semestre do ano…e de ano! Isso é extremamente importante para o ser humano, pois assim aprende o sentido do
recomeçar, que o acompanhará por toda a vida.Além disso, as crianças adquirem e desenvolvem habilidades e aprendizagens,de modo formalizado, rotineiro, de maneira que desenvolvem gradativamente hábitos de estudo e autonomia pessoal.
Os pais têm enorme influência na vida dos filhos pequenos e no sucesso com que estes se inserem na vida escolar. Por isso, também devem estar bem preparados para o momento de entrada da criança na pré-escola.Conversar com os profissionais de diversas instituições, ver como estas funcionam, o que oferecem, como cuidam do bem estar e da segurança de seus alunos e como é realizado o trabalho pedagógico propriamente dito, trará maior segurança na hora da escolha definitiva da pré-escola e serenidade na ocasião de dar apoio ao filho que vai pela primeira vez ficar longe de sua casa.
Na época em que se completa o 1º bimestre de aulas, alguns pais já se deparam com o baixo aproveitamento acadêmico e o pouco interesse pelos estudos, apresentado pelos filhos. E nada mais aflitivo, pois as dificuldades que
se apresentam logo no início do semestre, podem sinalizar um comprometimento não apenas deste ano escolar, mas de todo o aprendizado futuro. Todos sabemos que a escolaridade é baseada na aquisição de uma seqüência interdependente e organizada de conhecimentos e valores e que uma falha pode provocar mais adiante, inúmeras dificuldades para superar novos desafios.
A parte das crianças e jovens que apresentam significativos déficits de aprendizagem, seja a dislexia, a discalculia, o Transtorno do Déficit da Atenção, o Autismo, etc, todos já devidamente diagnosticados por uma equipe
multidisciplinar compostas por médicos ,fonoaudiólogos,psicólogos e psicopedagogos,existem aquelas cujas dificuldades de aprender se devem a fatores ambientais ou a pequenas perturbações de ordem clínica , facilmente
remediáveis e que trazem uma diferença muito grande na escolaridade. Se o nosso leitor reconhece que seu filho ou seu aluno , está entre o grupo de crianças inteligentes, saudáveis, sem grandes transtornos de aprendizagem, mas que parece sempre desanimado, sem motivação, com dificuldades nas tarefas escolares aparentemente infundadas ,vale a pena não esquecer destas simples sugestões para identificar problemas relacionados a capacidade visual, auditiva e neurológica :
1. Procurar anualmente o pediatra para ver se a saúde da criança e seu desenvolvimento estão adequados, mesmo quando esta parece saudável e forte. Somente um médico pode fazer essa avaliação e se julgar necessário, recomendar exames, medicar, etc.
2. Procurar um oftalmologista, um oculista, a partir dos três anos de idade ou antes se houverem problemas visuais na família: quantas crianças tenho atendido no meu consultório, cujo grande problema de aprendizagem
consiste em serem míopes, ou astigmáticas por exemplo e não conseguirem por isso ler o que a professora escreve na lousa! O uso de óculos pelas crianças hoje, é fato corriqueiro , melhora sua qualidade de vida e lhe permite
um desenvolvimento adequado em várias áreas, especialmente nos estudos.
3. Um otorrinolaringologista,apesar do nome comprido é um especialista que corriqueiramente é visitado pela maioria dos pais, cujos filhos pequeninos sofrem de dor de ouvido, garganta e depois que estes crescem e essas queixas se tornam mais espaçadas , se esquecem de que o aparelho auditivo pode estar sofrendo outro tipo de prejuízos, indolores , silenciosos mas graves. Esse médico pode indicar exames para saber se a criança ouve bem ou não, o que constitui uma outra razão, muito séria, para o insucesso escolar.
4. Crianças muito agitadas, que tanto em casa como na escola não conseguem ficar sentados ou fixar a atenção por um tempo razoável para sua idade em atividades ligadas ao estudo, ou crianças cujo comportamento é por
vezes muito eufórico, ou ao contrário parece freqüentemente triste, isolada, sem ânimo para nada,que demora para fazer coisas que os irmãos fazem com presteza na mesma fase ( andar de bicicleta aos 5 anos por exemplo) devem ser levadas a um neurologista infantil. Tudo que é diagnosticado de principio é muito mais facilmente compensado ou resolvido, do que mais tarde, quando o comportamento está mais arraigado e a auto-estima muito enfraquecida, pelos inúmeros momentos em que a criança foi rejeitada, criticada e castigada.
Em todos esses casos, numa conversa com a orientadora e a professora devem também ser agendada pelos pais, para saberem se o que eles percebem ocorre também na escola e se esses experientes profissionais tem mais observações a acrescentar ,para orientar melhor a busca por um especialista fora da escola. Uma aproximação serena e amorosa junto à criança para saber de suas dificuldades é outra fonte preciosa de informações para os pais: seu filho pode estar sendo vítima de Bullying, sentido-se perseguido por colegas, rejeitado e amedrontado frente às ameaças, e dessa forma terá cada dia mesmo motivação e capacidade para estudar e vontade de ir à escola! São medidas práticas, simples e rotineiras, que afastam e previnem vários problemas na vida escolar e familiar de nossas crianças. Como pai, mãe e professor, divulgue isso!